Comecemos por trazer consciência aos temas.
O que é o Autoconhecimento (bem brevemente)?
É um processo totalmente pessoal de autoinvestigação, é reconhecer quem você é hoje, com todas suas qualidades e pontos a melhorar. É se tornar uma pessoa mais integra, no sentido de integrar tudo o que é você hoje, sem se julgar! É se relacionar consigo e com os outros da sua verdade, e não de suas máscaras que são usadas para defendê-lo de algo muitas vezes imaginário.
O que é o RH 5.0?
É a priorização da gestão humanizada, com foco no bem-estar do colaborador e desempenho dos negócios, porém, sem abrir mão da tecnologia como suporte em decisões e estratégias assertivas.
O que esses temas têm em comum? Para mim, o autoconhecimento faz parte da evolução dos seres humanos, e portanto do RH e do mundo corporativo.
No dia 27/04/23, participei do evento ABRH Bahia Reconnect. Este evento trouxe um pouco do que o RH está buscando com a implementação do RH 5.0.
O evento foi uma baita aula, muito impressionante ver como várias empresas ainda estão no modelo do RH de 1930, isso mesmo, 1930 onde o RH era apena o departamento pessoal.
Vitor Idgal, presidente da ABRH Bahia, trouxe com clareza e maestria em sua fala, a importância do autoconhecimento na evolução do RH, e também do mundo corporativo.
E a palestra da noite, ficou por conta de Fabiola Matos, uma mulher com uma história e background incrível. A frente dos negócios de sua empresa Arttha Gestão & RH, ela deu vários exemplos de que a humanização é o caminho do RH.
Tá Fernando, mas esse blog é de Compras, por que você está falando de RH?
Primeiro, as empresas que tem um RH forte, focado em pessoas, se torna atrativa para todos, inclusive nós profissionais de compras. Segundo, compras como área de suporte, sempre tem interação com o RH, isso se ele não é um cliente interno seu, assim como era meu na gestão de indiretos.
A grande questão é que através desse RH forte, com esse foco, o autoconhecimento se torna mais que um softskill, ele é um condicional para sua permanência no mundo corporativo. Nesse primeiro momento, o foco é que a média e alta liderança, adentrem o mundo do autoconhecimento, para que dessa forma, possam ser líderes mais humanos.
Ainda no RH 5.0, é trazido uma automação e utilização de ferramentas, assim como em compras, temos várias funções que hoje são mais rápidas e automatizadas.
Isso também traz medo às pessoas, pois o sentimento é que serão substituidas por máquinas e softwares. Assim como já foi falado em vários fóruns sobre o tema, “se você trabalhar como um robô, será substituido por ele.”
Todo esse movimento sobre o autoconhecimento não é uma questão mística, que virou moda e é passageira. Ela é necessária e ficou mais latente com a pandemia, na qual as pessoas em seu isolamento, começaram de alguma forma, a se enfrentar mais, e isso assustou e muita gente surtou. As relações em casa se tornaram mais desafiadoras, pois o convívio aumentou e junto com tudo isso o stress.
Agora imaginem voltar ao convívio com os colegas de trabalho, depois de tanto tempo trabalhando em casa. No mínimo será desafiador, e para que as relações sejam saudáveis, o autoconhecimento e a comunicação, são fatores primordiais.
É importante dizer que o caminho do autoconhecimento é lento e profundo, pode ser doloroso enfrentar questões que estavam inconcientes, porém, ao mergulhar nesse caminho, ele se torna esclarecedor e libertador.
Esclarece dúvidas, medos, inseguranças. Você se liberta de crenças e auto imagens idealizadas. Você caminha para seu eu real, para sua essência, para quem você é de verdade sem ter que provar nada para ninguém.
Sem falar na vida pessoal, que ao se conhecer de verdade, você passa a escolher conscientemente o que quer fazer, o que gosta e o que faz somente para agradar os outros, toma consciência de suas dores e como elas somatizam em seu corpo.
“Até você se tornar consciente, o incosciente
irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino”.
Carl Jung
Quer saber mais sobre autoconhecimento? Não sabe por onde começar?
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Esposo, pai, terapeuta, empresário e facilitador de processos de autoconhecimento.
Após uma década no mercado corporativo, fiz minha transição para seguir o que acredito ser meu propósito, que é me conectar com pessoas e ajudá-las no processo de autoconhecimento.
Em minha caminhada como terapeuta me formei em coaching ontológico, constelação familiar, hatha yoga, reiki, CNV, também faz parte de meus estudos do Pathwork, masculino saudável e o xamanismo.
Texto escrito por Fernando Di Grazia | 03/05/2023, com página no Instagram @fernandodigrazia , site https://www.fernandodigrazia.com/ e é colunista do Café com Comprador.
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