O impacto da IA no mercado de trabalho
- ruysmagalhaes
- há 13 minutos
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O impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho não é mais uma previsão futurista, já está acontecendo. Quando olhamos para os setores mais afetados, vemos um efeito profundo não apenas em indústrias tradicionalmente associadas à tecnologia, mas também em áreas como compras e supply chain, onde muitas vezes pensamos que o fator humano seria insubstituível.
Mas será mesmo?
Imagine um departamento de compras tradicional: pilhas de pedidos, e-mails trocados com fornecedores, cotações sendo montadas manualmente, e reuniões longas para aprovar contratos.
Agora, coloque uma camada de IA nesse cenário.
De repente, temos algoritmos que analisam automaticamente grandes volumes de dados para sugerir fornecedores mais eficientes, sistemas que prevêm necessidades de estoque com base em padrões históricos e até robôs que negociam automaticamente pequenos contratos, tarefas antes feitas por profissionais humanos, agora parcialmente ou totalmente assumidas por máquinas.
A empresa Jump, especialista em soluções tecnológicas e inovação, destaca muito bem esse fenômeno. Em seu artigo no blog, sobre o impacto da IA no mercado de trabalho percebe-se que a IA não está apenas substituindo tarefas repetitivas, mas também transformando o perfil do trabalho humano, confira o artigo na íntegra clicando aqui
Em vez de eliminar empregos, a IA está deslocando o foco: o comprador do futuro (e já do presente!) precisa ser mais estratégico, capaz de interpretar dados gerados por máquinas, entender os insights e tomar decisões mais complexas.
Um exemplo direto disso está nos sistemas de spend analysis, que usam IA para identificar onde os gastos da empresa podem ser otimizados. Antes, fazer isso exigia dias de análise humana, hoje, um sistema como os desenvolvidos por empresas como a Jump, entrega insights em minutos.
Outro impacto poderoso vem do lado das previsões e análises preditivas. Antigamente, equipes de compras se baseavam em relatórios passados, feeling e contatos pessoais para planejar compras futuras. Com IA, sistemas conseguem analisar sazonalidade, padrões de consumo, tendências do mercado global e até fatores macroeconômicos para ajustar automaticamente ordens de compra, reduzir estoques e evitar rupturas de fornecimento.
Isso exige que os compradores saibam ler dashboards, interpretar gráficos e conversar de igual para igual com as máquinas, não no sentido técnico de programação, mas no sentido de traduzir os dados em ações reais para a empresa.
Além disso, a automação via IA está mudando os processos de homologação de fornecedores. Sistemas automatizados conseguem cruzar dados de centenas de fontes para avaliar riscos, compliance e histórico de performance dos fornecedores em uma velocidade impossível para qualquer equipe humana.
Ou seja, querido comprador, querida compradora, tarefas que antes exigiam um exército de analistas, hoje são feitas por poucos profissionais especializados, que atuam mais como supervisores e tomadores de decisão final.
Mas aqui vem a pergunta que não quer calar: isso significa que os empregos vão desaparecer?
Não necessariamente. O que a Jump coloca em seus conteúdos podcast, o JUMP Talk, e que é importante destacar, a IA está transformando as habilidades exigidas no mercado de trabalho, não apenas eliminando funções.
Vamos trazer esse cenário para Comprad agora, por exemplo, quem antes era um mero "colocador de pedidos", precisa agora, ser um estrategista, um gestor de relações complexas, um analista crítico capaz de extrair valor das informações geradas pelas máquinas.
Claro, há impactos negativos também. Nem tudo são flores nessa vida né!
Ainda mais quando falamos de Compras, algumas funções operacionais, como o comprador que apenas coleta cotações ou faz pedidos simples, estão se tornando obsoletas. Pequenas empresas que não conseguem acompanhar o ritmo tecnológico correm o risco de perder competitividade.
E profissionais que não se atualizam, infelizmente, acabam ficando para trás. Pois é querido comprador, querida compradora, esta é a verdadeira realidade.
Mas, ao mesmo tempo, surgem novas oportunidades, "se liga" nas novas funções que estão surgindo:
especialistas em procurement digital
analistas de risco com foco em inteligência artificial
gestores de projetos de transformação digital dentro das áreas de supply chain
Um bom exemplo é o uso de chatbots e assistentes virtuais nas áreas de atendimento ao fornecedor. Tarefas como acompanhamento de pedidos, envio de status e esclarecimento de dúvidas simples já são feitas por máquinas treinadas com IA. Isso libera os profissionais humanos para negociações mais complexas, construção de parcerias estratégicas e inovação de processos. Ou seja, a IA não rouba apenas redistribui. Entendeu a sacada?
Na prática, tudo isso significa que as empresas precisam investir não só em tecnologia, mas também no desenvolvimento das pessoas. Capacitação contínua, aprendizado de novas ferramentas, entendimento básico de análise de dados e uma postura aberta à mudança são essenciais. Como a Jump defende, a transformação digital não é só sobre tecnologia; é sobre pessoas usando tecnologia para gerar mais valor.
A área de compras, especificamente, é um campo fértil para a aplicação dessas soluções.
Afinal, estamos falando de um setor que movimenta milhões (ou até mesmo bilhões, dependendo do segmento de atuação e categoria de compras) de reais dentro das organizações, onde pequenas otimizações geram grandes resultados financeiros.
Ao usar IA para identificar padrões de desperdício, negociar melhores condições, prever tendências e evitar riscos, o comprador moderno se torna um verdadeiro protagonista no crescimento do negócio.
Mas olha só, vale lembrar que, nem tudo é perfeito hein, a IA ainda enfrenta limitações tá!
"Fique ligado nessa pegada aí."
Falhas de dados, erros nos algoritmos, dependência excessiva de tecnologia e até resistências culturais são barreiras que precisam ser trabalhadas. Profissionais de compras que entendem essas limitações e sabem atuar em conjunto com a IA terão um diferencial competitivo gigantesco.
Ainda vale refletir: será que a IA vai mesmo substituir o comprador humano?
Eu, particularmente, diria que não.
A IA vai substituir o comprador que não evolui. Tá ligado aquele comprador que parou no tempo? Que ao invés de negociar pede 5% de desconto? Esse tipo de profissional, que ainda existe no mercado, não está com os dias contados, os dias já foram, já não tem mais. Já passou, será esmagado pelo mercado e pela tecnologia.
O profissional que entende seu novo papel, que sabe tirar proveito das ferramentas inteligentes e que consegue unir visão estratégica à análise de dados estará mais valorizado do que nunca.
Resumindo, o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho, especialmente em compras, não é um tsunami que arrasa tudo, mas sim uma maré que transforma a paisagem. E cabe a nós, profissionais, empresas e organizações, aprender a surfar essa onda, em vez de ser engolidos por ela.
Se você está na área de compras e quer se preparar para esse futuro (que já está no presente), recomendo olhar para empresas como a Jump, que estão à frente nesse processo, entender as soluções disponíveis no mercado, investir em capacitação e, principalmente, mudar a mentalidade.
Afinal, como dizia Charles Darwin, não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta à mudança.
Essa é a bandeira que levantamos no Café com Comprador, a cada conteúdo publicado e entrevista gravada, faço questão de provocar você, Comprador, Compradora.
Provoco para você melhorar, provoco para você se qustionar, para você se desafiar, e alcançar o protagonismo em compras, e na sua carreira.

Texto escrito por Ruy Magalhães
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Café com Comprador e de seus editores.