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ARLA 32: O que é e como selecionar fornecedores



Com o avanço das agendas de sustentabilidade e proteção do meio ambiente, novas legislações e acordos internacionais são elaborados e colocados em prática. Porém, nem sempre por todos os países. Estados Unidos e China, grandes consumidores de combustíveis fósseis, não costumam assinar e se comprometer com tais tratados internacionais. Nos últimos anos, para suprir a alta demanda por produtos industrializados, podemos notar um aumento significativo no consumo de hidrocarbonetos, grandes responsáveis pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.


Com o avanço da tecnologia e foco na solução deste problema, novos produtos são desenvolvidos e colocados no mercado para tentar frear os efeitos danosos no planeta e seu ecossistema.


Tema bacana não é mesmo? Então pegue seu café e bora lá para mais um papo de comprador.


Uma dessas soluções criadas recentemente é o ARLA 32. Uma solução que combina a mistura de água e ureia para mitigar a emissão de poluentes na atmosfera por veículos movidos a diesel. Abaixo, uma definição técnica do produto.


O que é ARLA 32?


Segundo o site da CETESB-SP, ARLA 32, Agente Redutor Líquido Automotivo, é uma solução aquosa com concentração de 32,5%, em massa, de ureia técnica de alta pureza em água desmineralizada, conforme NBR ISO 22.241. Essa solução é injetada no sistema de escapamento dos veículos que possuem tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction/Catalisador de Redução Seletiva) para a redução da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), segundo processo que ocorre pela reação do Arla 32 com o NOx, gerando vapor de água e gás nitrogênio, inofensivos para a saúde humana.


O ARLA 32 surgiu pela necessidade de atender aos limites mais restritivos de emissões da fase P7 do PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores). Desta forma, desde 2012, a maioria dos veículos pesados fabricados no Brasil possui a tecnologia SCR para atender esses limites.


Vantagens:


  • Contribui diretamente para a redução das emissões dos poluentes emitidos pelos motores;

  • Capaz de reduzir em 98% as emissões de óxidos de nitrogênio;

  • Produto químico seguro, pois não é inflamável, tóxico ou explosivo;

  • Promove a economia de combustível, compensando ainda mais o investimento.


Como selecionar fornecedores?


É importante destacar que atualmente no Brasil, há uma lei ambiental que obriga o uso deste produto.


Além do uso do Arla 32, os policiais também verificam a regularidade do uso do diesel S10, que é obrigatório também a partir de 2012, visto que o diesel S500 emite 50 vezes mais SO² (dióxido de enxofre), gás que contribui para ocorrência de chuva ácida. Por razões financeiras, muitos caminhoneiros não utilizam o produto, inclusive fraudando o sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva), instalado nos veículos para a conversão do NOx em água e nitrogênio, sem os óxidos, ou adulterando o produto em si, além de outras táticas para burlar a fiscalização.


A não utilização correta do Arla 32 configura infração de trânsito grave, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, com previsão de retenção do veículo para regularização e multa. Além de infração de trânsito, a não utilização do Arla 32 dentro dos padrões regulamentares configura crime previsto na Lei Ambiental (Lei 9.605/98).


Com base nos dados apresentados acima, coletados no site da Polícia Rodoviária Federal (PRF), se faz necessário, tomar muito cuidado na seleção dos fornecedores que atenderão a empresa.


Consulte a área de meio ambiente e jurídica da empresa, levante os documentos e procedimentos necessários para homologação de um fornecedor de arla 32 antes de abrir um BID. Exija dos participantes do BID a apresentação de tais documentos e certificados.


Procure o fornecimento desta linha de produto somente através de contrato bem redigidos e dê preferência pelo modelo de minuta da sua empresa. Não abra mão de cláusulas que reforcem a penalidade por fornecimento de produto fora da especificação técnica.


Selecionado os melhores colocados no processo de negociação, realize reuniões presenciais junto a área técnica, procure tirar todas as dúvidas sobre a fabricação do produto e questione sobre a origem da ureia utilizada.


Ponto de atenção:


A ureia deve ser técnica, mais conhecida como Premium e por alguns até chamada de Automotiva. Antes de bater o martelo e definir os vencedores, pegue o endereço da fábrica e deixe pré-alinhado que será realizada uma visita surpresa e aleatória na fábrica do fornecedor. Não havendo resistência por parte dele, o nível de acerto e menor risco na contratação será mais assertivo.



Bons negócios!




Texto escrito por Alex Ponce | 25/07/2022, fundador da APX Energy , com página no Instagram @apx_energy_brazil e é colunista do Café com Comprador.

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