A estratégia competitiva, ou Strategic Force, é um conceito que permite identificar a competitividade e o potencial lucrativo de um negócio.
Desde 1979, com a publicação de um artigo denominado “Como as forças da concorrência determinam a estratégia”, de Michael E. Porter, a definição vem sendo explorada no mundo dos negócios. Siga na leitura e saiba mais sobre esse conceito e sua aplicação em Compras 4.0.
O que é Strategic Force?
Professor da conceituada Harvard Business School, nas áreas de Administração e Economia, Michael Porter, que também é autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade, desenvolveu o conceito que chamou de Strategic Force.
Segundo ele, existem cinco forças competitivas que determinam a rentabilidade potencial de uma indústria ou setor de atividade. Para Porter, o estado da concorrência em um setor depende de cinco forças básicas, conforme esquema abaixo:
Com esse modelo, descrever pontos fortes nos setores e identificar forças competitivas se torna mais fácil para os profissionais de compras e cadeia de suprimentos. Vejamos os pontos mais importantes das cinco forças de Michael Porter:
Força 1 – Intensidade da rivalidade competitiva
A competição permite que os profissionais das indústrias de compras e da cadeia de suprimentos analisem a velocidade do crescimento da indústria.
Por isso é importante utilizar estratégias para acompanhar o crescimento dos concorrentes, sem deixar de lado a evolução do produto no mercado. Para analisar a força da concorrência procure responder as seguintes perguntas:
· Quantos concorrentes sua empresa possui?
· Quem são esses concorrentes?
· Qual a qualidade dos produtos e serviços que eles oferecem?
· Comparando os produtos da concorrência com os seus, quais os pontos fracos e os fortes do concorrente?
Essas informações permitirão identificar o nível de rivalidade e elaborar um plano que contemple preço e campanhas de marketing, por exemplo. Se a concorrência for muito intensa, descontos e divulgação deverão ser mais agressivos, mas com rivalidade competitiva pequena, sua marca provavelmente terá mais espaço e lucros maiores.
Força 2 – Ameaça de novos participantes
Refere-se à probabilidade de seus clientes encontrarem uma maneira diferente de obter os produtos e/ou serviços o que você oferece.
Imaginemos uma empresa que oferece uma solução exclusiva para automatização de um processo importante, tendo uma ampla carteira de clientes. Se, com o tempo, sua clientela achar mais vantajoso terceirizar os serviços do que adquirir a ferramenta, haverá uma ameaça real à lucratividade da organização.
Por isso é tão importante conseguir monitorar os novos participantes no mercado, percebendo seus processos de inovação e tecnologia para a melhora de seus produtos e serviços.
Força 3 – Ameaça de produtos ou serviços substitutos
Avalie constantemente: sua posição pode ser afetada pela capacidade de outras empresas entrarem no seu mercado? É fácil conseguir uma posição no seu setor de atuação? Qual o custo para isso – alto, baixo, médio?
Força 4 – Poder de barganha dos consumidores
As perguntas para identificar o nível de barganha de seus compradores são: Quantos clientes minha empresa possui e qual o tamanho de seus pedidos? Seria difícil para eles deixarem de adquirir meus produtos e serviços e buscar um concorrente? A força que meus clientes possuem é suficiente para influenciar minha empresa e produtos?
As respostas a essas perguntas determinarão se os seus consumidores têm, ou não, força para provocar uma redução em seus preços ou alterar os produtos/serviços oferecidos.
Força 5 – Poder de barganha dos fornecedores
Nessa última força, se considera o poder dos fornecedores e a possibilidade de aumentarem preços. Responda: Quais e quantos são seus fornecedores? O que eles oferecem é algo exclusivo? Quanto custaria mudar de fornecedor?
Claro que, quanto menos fornecedores você tiver e quanto mais dependente sua empresa for deles, maior é o risco que você corre dos preços cobrados serem maiores – o que poderá afetar sua margem de lucro.
Sobre essa questão, sugerimos a leitura desse artigo que mostra os benefícios oferecidos por empresas especializadas em compra de materiais indiretos, entre eles, a capacidade de interagir de modo rápido com fornecedores do mundo inteiro, obtendo melhores preços nas negociações.
Strategic Force em Compras 4.0
A Pesquisa Global SciQuest 2017, realizada pela Cision PR Newswire com mais de 500 profissionais de compras, revelou que o setor está evoluindo, sendo cada vez mais importante para a estratégia organizacional. Entre as informações obtidas pela pesquisa, destacamos:
25% dos profissionais acreditam que compras é um centro de lucro em suas empresas;
72% disseram que estão acessando dados para ter maior visibilidade do fornecedor e, assim, conduzir suas decisões de negócios;
67% dos profissionais de compras afirmaram que esperam maior reconhecimento para o setor, pois há uma exigência de que compras ofereça economia e valor para suas organizações.
E se o escopo do trabalho vem evoluindo, para tornar-se cada vez mais estratégico, o conceito nascido em Harvard se mostra extremamente vantajoso para o departamento de compras 4.0.
A análise e aplicação da teoria de Michael Porter no setor, permite, entre outros benefícios, examinar o status atual do setor, identificando seus pontos fortes e suas forças competitivas; identificar e minimizar riscos relacionados a fornecedores; observar e compreender o mercado, incluindo a concorrência.
Métodos que ampliem a inteligência do setor de aquisições são mesmo bem-vindos. Entre eles a otimização do processo de compras, através dos serviços de uma empresa especializada em adquirir materiais indiretos. É o caso da Soluparts, que tem acesso a mais de 15 mil marcas ao redor do mundo e, por isso, oferece as melhores condições comerciais e maior segurança na aquisição de materiais indiretos para sua empresa.
Texto gentilmente cedido por:
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