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Procurement e a luta contra o racismo


Vidas negras importam!


A bandeira já está levantada e, na minha opinião, não deveria ir ao chão!


Há alguns anos fui a um encontro de gestão de contratos e lá abordamos um tema que para mim soou repetitivo: Sustentabilidade em compras.


No preconceito existente na minha mente, vieram árvores, rios, a história de reduzir consumo de papel, de pensar no consumo de água e outras coisas nesse sentido.


Não que isso não seja importante, mas para mostrar como fui levado a pensar em temas “clichês”.


Fui positivamente surpreendido com uma discussão diferente, iniciada com perguntas que me levaram a uma reflexão profunda e completamente relevante:


“Com quantos negros, você, como comprador, se reuniu ultimamente para fechar negócios? Com quantas mulheres, você se reuniu para fechar negócios? Com quantos índios ou descendentes indígenas você se reuniu para fechar uma compra? Quantos fornecedores você tem que são liderados por pessoas desses grupos? ”


Uau!


A minha resposta (talvez a de maioria do público presente) foi assustadora e trouxe vergonha à mesa.


Começamos a ver então cases de empresas que já começaram a pensar na nossa responsabilidade em não deixar as bandeiras irem ao chão! Bandeiras importantes que fazem uma sociedade mais justa e equilibrada.


O nosso mundo de procurement pode fazer muita diferença nisso. Que tal programas de sustentabilidade em compras? Que tal monitorar os fornecedores incluindo desafios de aumentar a participação de empresas lideradas por essas “minorias”? Que tal colocarmos o termo “fair trade” mais em pauta nas nossas reuniões, encontros e em nossos planejamentos estratégicos? A escassez de programas de inclusão de fornecedores liderados por esses grupos até dificulta a busca por maiores dados relacionados a este tema.


Além disso e não menos importante, a sustentabilidade em procurement toca em outro ponto crucial. Lembre-se de dar visibilidade aos fornecedores que fazem parte desses grupos, pensando em políticas de inclusão para que eles sejam inseridos no mercado. Muitos deles têm lutado por um espaço nessa área, e nós como aliados da luta contra o racismo temos o dever de colocar estas práticas em ação!


Que possamos lembrar que ecossistemas fortes são feitos por partes fortes!


Ecossistemas onde há muito “assassinato”, talvez não sejam sustentáveis!


Sim, vidas negras importam!


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