Se você não sabe, vou te contar: Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e precisamos nos preparar para o novo, que está bem diante dos nossos olhos!
O FUTURO É AGORA!! NÃO QUE SEJA 100% BOM, MAS ESTÁ AÍ!
Você reparou que já não perguntam quais os teus planos para 10 anos, seja em entrevistas de emprego ou numa simples conversa informal entre amigos? Pois é, me arrisco dizer até que para 5 anos essa pergunta já esteja ultrapassada. O planeta parece estar girando mais rápido e fazer planos para 2 anos, parece ser o limite para tal comprometimento. Não vamos explorar este tema no quesito tecnologia ou inovação, mas sim, no cenário da geopolítica da energia, a “petropolítica”. Com uma visão dos principais tópicos do mercado para te preparar na semana corrente.
Você já ouviu falar do petrodólar? Tenho quase certeza que sim!
Assim como tentaram convencer nossos avós que o fim do carvão estava próximo, tentam também nos convencer que o petróleo é a bola da vez e o fim da commodity mais importante da atualidade está com os dias contados. Pois é, a mesma narrativa, porém, com fonte de energia diferente. Claro que é indispensável a transição energética e o mundo precisa focar na diminuição das emissões de carbono, mas sem histeria e com o pé no chão é que conseguiremos alcançar resultados significativos à sociedade e ao meio ambiente como um todo! Contudo, há uma previsão que vem ganhando musculatura e desafiando os mais céticos sobre o tema: o fim do petrodólar.
Pois é meus amigos, por que lincar uma coisa com a outra? Porque assim como o fim do carvão e do petróleo pareciam ser um fato que muitos acreditavam, mas parece que nunca vai ocorrer, não na nossa geração, o fim do petrodólar vinha na mesma esteira de lendas urbanas criadas por personagens que pretendiam ganhar muito dinheiro com as novidades que se tinham para nos apresentar. Este último, de fato está ocorrendo, e mais rápido do que imaginávamos.
Após o advento com Saddan Hussein, agora o mundo vê de fato um rival de peso confrontando o petrodólar, os BRICS. Liderados por China e Rússia, o bloco econômico vem ganhando força e notoriedade e até ganhando novos fãs, prova disso são os pedidos de quase 20 países para adentrarem no tal bloco.
Não acredita? Então, vamos aos fatos:
RÚSSIA x EUROPA
Após o início da guerra na Ucrânia, a Rússia chegou a exigir o pagamento do seu gás e petróleo em sua moeda, o rublo. Diante das sanções impostas pelo ocidente, tal medida foi um dos gatilhos principais nos últimos anos a confrontar a hegemonia do petrodólar no cenário da geopolítica global. Logo atrás, vem a China assumindo o protagonismo na linha de frente contra a moeda americana. E como correu e corre a China; analise abaixo as diversas frentes tomadas pelo gigante asiático!
CHINA, FRANÇA E UNIÃO EUROPÉIA
- CNOOC e Total Energies finalizam primeiro acordo usando a moeda chinesa Yuan em comércio de gás natural
Conforme publicado pela China2Brazil em 28/03/2023 - A China National Offshore Oil Corporation e a Total Energies da França completaram a primeira compra de gás natural liquefeito importado da China a ser liquidado em Yuan através da Shanghai Petroleum and Natural Gas Exchange. O negócio terá um conteúdo energético de 3,2 bilhões a 3,4 bilhões de unidades térmicas britânicas, e o gás natural liquefeito (GNL) vem dos Emirados Árabes Unidos, informou o Shanghai Securities News. Não mencionou o valor da transação. A primeira transação internacional de GNL liquidada em yuan é uma tentativa de promover preços em múltiplas moedas, liquidação e pagamento internacional, disse Guo Xu, presidente da SHPGX.
- Presidentes da França e da Comissão Europeia se encontraram com Xi Jinping na China
Mesmo com o apoio incondicional a Putin durante a guerra na Ucrânia pelo líder chinês, Xi Jinping, os presidentes da França e da Comissão Europeia foram ao país asiático para tratar de diversos temas. E o principal, adivinha: buscar suporte e apoio da China para o fim do conflito na Ucrânia.
Consegue imaginar o peso de tal fato diante de todos os eventos que estão ocorrendo ao mesmo tempo?
a) China apoia totalmente a Rússia;
b) China se levanta contra o petrodólar;
c) China fecha e costura diversos acordos internacionais em sua moeda.
Tudo isso parece pouco pra você? Então olhe abaixo o que mais “Xi” se atreveu a fazer e mostrar ao mundo que seu apetite pelo tabuleiro da geopolítica está só começando.
- Chanceleres de Irã e Arábia Saudita se reúnem na China
Os ministros das Relações Exteriores do Irã e da Arábia Saudita se reuniram em Pequim, nesta quinta-feira (6), para a primeira reunião formal de seus principais diplomatas em mais de sete anos, depois que a China negociou um acordo para restaurar as relações entre as potências regionais. Após anos de hostilidade que alimentaram conflitos no Oriente Médio, o Irã e a Arábia Saudita concordaram em encerrar sua rixa diplomática e reabrir missões diplomáticas em um acordo significativo facilitado pela China no mês passado. Dados publicados no site da CNN com reportagem Reuters.
- Se tal acordo não beneficiava os EUA em algum ponto, com certeza deve ter sido uma dose bem amarga de engolir na geopolítica global.
CHINA & BRASIL
Brasil e China firmam acordo para substituir dólar americano
Conforme matéria da Reuters publicada no site da Investing, o governo chinês fechou recentemente um acordo bilateral com o Brasil para liquidar negócios usando suas moedas nacionais. O acordo permite que os dois países troquem mercadorias usando o yuan chinês e o real brasileiro. A expectativa é que esse negócio facilite as transações entre os dois países, reduzindo custos e promovendo ainda mais comércio bilateral e facilitando investimentos, segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Os números do comércio bilateral da China e do Brasil atingiram a marca de US$ 150 bilhões em 2022.
A China vem assumindo cada vez mais o protagonismo internacional e os EUA cada vez mais acuado, se tem alguma carta na manga, precisa apresentá-la logo, antes que seja tarde demais.
E você, é a favor ou contra o fim do petrodólar? Conta pra nós aqui nos comentários!
Nós do Café com Comprador, buscamos trazer informações úteis e relevantes ao nosso público a fim de criar debates saudáveis e produtivos sobre temas importantes que nos afetarão e já estão afetando em nossas negociações.
Para mais informações sobre petropolítica e tudo o que rola no cenário global de energia, acesse www.apxenergy.com.br e fique bem informado sobre tudo o que rola nesse tabuleiro maluco chamado geopolítica!
Achou que acabou? Nada disso, o melhor sempre fica pro final
Repare nos dados abaixo publicados em oil price hoje 02/05/2023 e que deve estar no seu radar daqui pra frente. Afinal, se você está no Brasil, você está num dos 5 países que fundaram o que pode vir a ser um novo G8 da era pós “petrodólar”. Esperamos e torcemos que nossos governantes tenham sabedoria e destreza para lidar com os fluxos de negócios positivos que poderão jorrar em nossa economia.
5 nações produtoras de petróleo pedem para se juntar à aliança BRICS
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Egito, Bahrein e Irã pediram formalmente para se juntar ao grupo de nações do BRICS;
O BRICS realizará sua cúpula anual na Cidade do Cabo durante a primeira semana de junho;
Bloomberg: Os Brics devem superar em breve os países do G7 liderados pelos EUA em expectativas de crescimento econômico.
No total, 19 nações manifestaram interesse em se juntar ao bloco de mercados emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, segundo Anil Sooklal, embaixador da África do Sul no grupo.
"O que será discutido é a expansão dos Brics e as modalidades de como isso vai acontecer... Treze países pediram formalmente para aderir, e outros seis pediram informalmente. Estamos recebendo inscrições para participar todos os dias", disse a autoridade sul-africana à Bloomberg no início desta semana.
Fiquem de olho!!
Texto escrito por Alex Ponce | 03/05/2023, fundador da APX Energy , com página no Instagram @apx_energy_brazil e é colunista do Café com Comprador.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Café com Comprador e de seus editores.
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