As taxas de juros são formadas por diversos preços através do cenário nacional e internacional. A principal taxa do mercado é a taxa Selic, que é a taxa que financia o mercado interbancário nas operações de um dia, lastreadas em títulos públicos listados no SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
A taxa é divulgada pelo Banco Central após dois dias de reunião do COPOM – Comitê de Política Monetária que possuem a adoção de cumprir as “metas para a inflação” através de diretriz de política monetária, suas decisões passam a cumprir metas definidas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional formado pelo Ministro da Economia que é o Presidente do Conselho, o Presidente do Banco Central e o Secretário Especial de Fazenda.
Vale lembrar que a constituição do CMN é sempre provisória e atua de acordo com as políticas implantadas e defendidas pelo Governo Federal, todavia com a promulgação da aprovação da LC 179/2021 tornou o Banco Central independente e seu Presidente tem mandato por quatro anos, assim, mesmo que a política governamental altere, o Banco Central cumpre papel exclusivo para se fazer a gestão de políticas públicas com afinidade de controlar a economia e desenvolver a economia brasileira.
Sabendo que a inflação tem todos essas particularidades, saber-se-á que a taxa de inflação possui diversos elementos até sua identificação final de cálculo e divulgação, hoje, de 10,07% no acumulado em 12 meses. O poder de controle da moeda limita ou enxuga a liquidez do mercado de acordo com o movimento de mercados.
Vale ressaltar as diferenças quanto aos assuntos do mercado: quando fala-se de mercados de seguridade privada trata-se do CNSP, Susep, seguradoras, etc; quando trata-se previdência fechada fala-se de CNPC, Previc, entidades fechadas, etc; ficando claro que seguridade pública é sobre o INSS e previdência aberta é a pública e é gerida pelo INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. O que sobre? Os mercados de moeda, crédito, capitais e câmbio que estão sob o guarda-chuva do CMN e ficam com a supervisão/execução do Banco Central (moeda, crédito e câmbio) e da CVM – Comissão de Valores Mobiliários (capital). Abaixo uma ilustração do Instituto Propague.
Observações sobre o assunto mostram os impactos nos preços através dos mercados, então, não tão somente ficam reservados em concentrações. O mercado apresenta-se com diversas complexidades internas, e de grande relevância para a compreensão de como o desenvolvimento passa.
É através de políticas públicas que acontecem o aperfeiçoamento dos mercados, todavia a partir de sua construção que verifica-se liberdade para se valer o sistema econômico a seu favor, isto é, a favor da sociedade com a competitividade, estratégia de preços, de custos, riscos, estudos econômico-financeiros. Apesar do estudo sobre um preço ser amplamente difundido como alto ou baixo na mídia, por exemplo, o de combustíveis ou o preço de um pão, mais explicações sobre porque o valor está alto não é captado e torna uma informação desproporcional à complexidade da questão.
Com isso, o aprofundamento da matéria “preços” precisa-se de mais especificidade para delimitar o controle de preços. Se uma demanda de produtos for maior requisitará uma oferta de igual proporcionalidade para condizer com a requisição, sobretudo em sua essência de compra, caso contrário haverá forte baixa de preços. Se o contrário ocorrer: a oferta de produtos for maior, então, os preços precisarão subir para se ajustar com o mercado.
Os estudos sobre economia mostram que para chegar ao ponto de equilíbrio as forças precisam se equalizar ou condizer com um preço que seja autêntico e pertinaz para comprador/vendedor. Essa força matriz financeira não vai explicar padrões econômicos referentes para uma exceção, pois como a própria questão complexa mostra, a exceção não faz o padrão, por isso que chega a um ponto para o equilíbrio, o que não significa que seja o meio da tabela, pois, talvez nesse momento o ponto de equilíbrio não seja a metade, mas um pouco acima ou mais abaixo.
Essa matéria não é a minha área efetivamente, porque a economia trata do horizonte de investimentos como um todo independente de cenário, a contabilidade sobre a competência de efetivação de entradas/saídas, enquanto as finanças sobre a gestão do dinheiro. E apesar de uma encaixar-se à outra, todas são diferentes entre si. Isso significa que já fui longe demais, mas a economia não possui essa tendência minuciosa. Se o “poço é fundo”, para a economia o fundo pode ser bem mais, e vice-versa.
Para concluir, comprador possuem o papel de ter parte da sequência de preços estabilizados, todavia rumos podem ser balançados, os ventos podem mudar de sentido, navios podem afundar, no entanto não afundam porque quanto maior sua densidade, mais pesado é seu material. A mesma relação aplica-se para que a densidade seja menor que a da água. Aí uma questão física que combina muito bem com a arte da economia de determinar preços. Se o mercado usar o mesmo padrão para um navio, barco ou jangada. Não afundará.
Texto escrito por Thales Kroth | 16/08/2022, é sócio na Eu Acionista e é colunista do Café com Comprador.
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